O valor dos ativos eram consideráveis, mas correspondiam a uns 10% das dívidas. O grupo ainda sobrevivia pela eficiência da defesa jurídica, nas centenas de processos trabalhistas, fiscais, cobranças ordinárias, execuções, etc. Mas seria necessário muito mais do que ficar na defensiva, precisaríamos retirar das filiadas a co-responsabilidade, para salvá-las. O Isar era um dos advogados, responsável pelas questões tributárias e societárias Inicialmente tentamos transferir todos os ativos para os credores, com participação proporcional às dívidas. Nenhum aceitou. Fizemos um grande trabalho de “engenharia jurídica”, onde, ao final, além de livrar as filiadas, ressalvado apenas dois, todo o restante dos ativos ficaram com outra sociedade das mesmas filiadas, práticamente sem custo direto para as mesmas, ressalvados apenas dois, alienados para viabilizar a solução. Normalmente havia perto de uma dezena de ônus averbadas, só não tendo mais, porque os credores evitavam registrar para não desperdiçar o custo dos emolumentos. Quem conheceu a situação inicial e depois viu o final, fala em um “milagre jurídico”. Alguns profissionais foram fundamentais para isso e a parte mais difícil e complexa foi feita seguindo consultoria do Dr. Isar, pois nada poderíamos resolver sem solucionar as enormes dívidas tributárias e as questões societárias. Entre advogados das empresas que eu representava e das que cotejaram conosco em cerca de dez anos, estiveram profissionais que estão dentre os maiores advogados do país e posso dizer que o Dr. Isar está no nível mais alto. Não conheci ninguém melhor nas questões tributárias e societárias. Se somarmos a sua capacidade, inteligência, preparação, experiência, conduta profissional e ética, posso afirmar que no Brasil pode ter profissional da área tributária e societária igual, mas melhor é muito difícil. No início da década de 80 era o maior complexo agroindustrial da América Latina.